Autor: pbelasco

  • INPA e USP pesquisam bioeconomia amazonense

    O objetivo é conduzir investigações para ampliar a compreensão sobre a bioeconomia como elemento gerador de emprego, renda e bem-estar.

    Matéria de OSÍRIS M. ARAÚJO DA SILVA #OSIRISSILVA
    Publicado originalmente em 28/02/2022, Portal Amazônia.

    Realizou-se na última terça-feira, 22, coordenado pelos pesquisadores Adalberto Val, do Inpa, e Jacques Marcovitch, da Fea-Usp, o II Workshop de Bioeconomia voltado ao estudo de cadeias produtivas oriundas da biodiversidade local. O objetivo multidisciplinar é conduzir investigações tendo por meta ampliar a compreensão de questões relacionadas a cada uma delas como elemento gerador de emprego, renda e bem-estar a partir dos Estados do Amazonas e São Paulo, o centro geográfico e mercadológico do empreendimento.

    Apoiada pela Fapeam e Fapesp, a pesquisa, conduzida pelo Inpa e Usp, terá duração de dois anos. Seguirá metodologia descritiva-exploratória a partir do estudo de casos múltiplos relativamente a quatro unidades de análise: as cadeias do pirarucu, açaí, cacau e castanha do Brasil.

    Ao término, deverão ser priorizadas recomendações de políticas públicas nas esferas da geração de empregos e renda, da segurança alimentar e da educação para a cidadania. O conhecimento construído, que inclui a prospectiva tecnológica, será disseminado por meio de conteúdos impressos (livro e artigos) e digitais (site e vídeos). A sistematização dos casos permitirá a identificação de práticas empresariais atuais e inovadoras, visando a proposição de modelos replicáveis em outras cadeias setoriais. 

    A metodologia dos modelos permitirá a inclusão de métricas de monitoramento da governança em relação aos componentes das cadeias produtivas em articulação com setores do empreendedorismo. O intuito é produzir resultados e impactos por meio de agentes de entidades privadas e públicas engajadas desde o início dos estudos por intermédio de um conselho de orientação, que terá como objetivo a realização, disseminação e monitoramento dos resultados empíricos alcançados.

    Segundo o pesquisador do Inpa, Adalberto Val: “a riqueza do evento foi muito além do que previmos. A grandeza da Amazônia requer a soma de percepção de vários atores, levando em conta não haver uma verdade única sobre a região. São muitas as opções da biodiversidade que podem se tornar cadeias de valor, outras tantas já o são, ainda que todas precisam adensar-se de informações tecnológicas”. Contudo, salienta, “não há bioeconomia sem floresta e água, sem educação, sem inclusão social, sem uso da informação já existente. A bioeconomia não pode competir com a floresta e com os rios, mas a eles integrar-se”.

    A pesquisa, segundo Val, já dispõe de “um vasto conjunto de informações científicas e técnicas que serão utilizadas intensamente nos processos de tomada de decisão”. A informação contida na floresta é o ativo mais valioso e é preciso que nos apropriemos dessas informações produzidas lentamente desde o início do levantamento dos tempos há mais de 65 milhões de anos”. Visando possibilitar que essas cadeias de valor se desenvolvam de forma plena, ao que aponta Adalberto Val, “a pesquisa realizada nas Instituições de Ciência e Tecnologia tem papel central na desfragmentação das cadeias de valor. Desta forma, o projeto irá contribuir com a análise desses aspectos, procurando tornar efetiva a inclusão social e a geração de renda na Amazônia”, completou o ex-diretor do Inpa.

    A realização dessa pesquisa, em última análise, acende uma luz verde ao fim do túnel. Fundamentalmente, por indicar uma reação positiva, segundo fonte do setor, “ao quadro de estagnação da produção científica local, que, mais grave ainda, se mantém de costas para o setor produtivo, fatores que levam o setor a não sair do discurso”. O Workshop, ao que tudo indica, chegou a conclusões animadoras, mesmo tendo apresentado grave e inexplicável falha ao não contar com a participação da Embrapa, Ifam, Cba e de entidades de pesquisa privadas. Sem a convergência de esforços e integração das estruturas locais de P&D haveremos de continuar imobilizados, sem chegar a lugar algum. Falha que, certamente, por meio de positivas convergências de ações logo será corrigida. 

    Sobre o autor

    Osíris M. Araújo da Silva é economista, escritor, membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas (ALCEAR), do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos (GEEA/INPA) e do Conselho Regional de Economia do Amazonas (CORECON-AM).

  • Eneas Salati (1934-2022)

    Eneas Salati (1934-2022)

    Eneas Salati Filho, (1934-2022) Professor Titular de Física e
    Meteorologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq/USP) e dirigiu o INPA em dois mandatos. Prof. Salati participou como entrevistado do livro “A Gestão da Amazônia – Ações empresariais, políticas públicas, estudos e ideias” (Edusp, 2011).

    Em suas respostas, às perguntas formuladas por Jacques Marcovitch,
    ele discorre, com grande clareza e com a perfeita didática de um
    educador, sobre os principais fenômenos vinculados à floresta
    amazônica. Sua entrevista, contem opiniões abalizadas em torno de
    problemas pendentes de solução. A publicação da entrevista é a
    homenagem aqui prestada a este destacado pensador e pesquisador da Amazônia brasileira.

  • Tambaqui pode virar commodity brasileira no mercado global de pescado

    André Julião | Agência FAPESP – Um peixe com grande produção de filhotes, altas taxas de crescimento, dieta majoritariamente vegetariana, resistência a baixas quantidades de oxigênio na água e com demanda no mercado é o sonho de qualquer piscicultor.

    Segunda espécie em produção no Brasil, atrás apenas da tilápia, peixe amazônico tem carne apreciada e alto rendimento. Mas para conquistar o mundo é preciso investimento em pesquisas voltadas ao melhoramento da espécie, afirmam pesquisadores da Universidade de Mogi das Cruzes (foto: Wikimedia Commons)

    Sem que houvesse grandes investimentos em inovação e melhoramento genético, o tambaqui (Colossoma macropomum) reuniu essas características e alcançou uma produção anual de 100 mil toneladas no Brasil, atrás apenas da tilápia, com cerca de 500 mil toneladas.

    A diferença é que a espécie africana foi alvo de um grande programa de melhoramento a partir dos anos 1980, na Ásia. A variedade melhorada – conhecida como GIFT (sigla em inglês para tilápia de criação geneticamente melhorada) – é produzida hoje em 14 países, incluindo o Brasil, que tem ainda uma cadeia de empresas dedicadas à pesquisa e desenvolvimento de produtos voltados a esse mercado.

    Por conta de suas características naturais, o tambaqui, peixe nativo dos rios amazônicos, é apontado por pesquisadores como dono de um potencial no mercado não apenas nacional, como global, podendo se tornar uma verdadeira commodity brasileira. No entanto, faltam investimentos em inovação, apontam pesquisadores em artigo publicado na revista Reviews in Aquaculture.

    “Um peixe amazônico, com dieta 75% vegetariana e manejo muito fácil, tem um enorme potencial como produto sustentável, num momento em que a aquicultura está sob ataque por conta dos impactos no meio ambiente causados, por exemplo, pela cultura do salmão, primeiro peixe a se tornar uma commodity internacional”, conta Alexandre Hilsdorf, professor e pesquisador do Núcleo Integrado de Biotecnologia da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), primeiro autor do estudo.

    O trabalho reúne o conhecimento mais recente sobre diversos aspectos da cultura do tambaqui, desde a história da produção no Brasil – as primeiras tentativas de domesticação datam ainda dos anos 1930 –, passando pelos sistemas de produção, genética, nutrição, doenças, até os métodos de processamento.

    Melhoramento genético

    Parte da produção científica sobre o peixe nos últimos anos foi apoiada pela FAPESP, que financiou pesquisas de alguns dos autores do trabalho, como o próprio Hilsdorf, coordenador do projeto “Estudo integrado de genética quantitativa e genômica para caraterísticas de interesse zootécnico em tambaquis (Colossoma macropomum)”.

    O pesquisador foi um dos responsáveis pelo sequenciamento e pela análise do genoma da espécie, publicado em setembro de 2021. Hilsdorf coordenou ainda estudo que caracterizou tambaquis sem espinhas intermusculares – aquelas em forma de “Y” que ocorrem dentro da carne de algumas espécies. Outro trabalho identificou genes possivelmente associados à ausência dessas espinhas no tambaqui (leia mais em: revistapesquisa.fapesp.br/o-genoma-do-tambaqui/).

    Em trabalho anterior, seu grupo estimou parâmetros genéticos de várias características do tambaqui, como os que determinam a área do lombo, um dos cortes mais apreciados pelos consumidores. Reunidos, os trabalhos estabelecem parâmetros científicos para o desenvolvimento de variedades genéticas melhoradas para o mercado.

    “O lombo suíno, por exemplo, foi alvo de melhoramento genético. As raças de porco que temos hoje no Brasil foram selecionadas de forma a terem a capa de gordura reduzida e a área de lombo aumentada. O melhoramento pode fazer com que os cortes de tambaqui chamados de lombo, banda e costela resultem em produtos ainda melhores que os atuais”, explica o pesquisador.

    Manaus é o principal mercado consumidor de tambaqui. Enquanto nos anos 1970 a cidade dependia quase totalmente da pesca para suprir a demanda pelo peixe, hoje tem nos piscicultores de Estados vizinhos – Acre, Rondônia e Roraima – seus principais fornecedores.

    Nos restaurantes manauaras, o peixe, que retirado da natureza chega facilmente a dez quilos, foi substituído pelos juvenis criados em cativeiro, com dois a três quilos. “Os donos de restaurante preferem este último, pois é um produto mais padronizado”, diz Hilsdorf.

    Paradoxalmente, as características que fazem do animal tão vantajoso para criação em cativeiro acabam afastando investimentos em melhoramento. As matrizes, peixes que servem como reprodutores, ainda hoje são adquiridas de outros piscicultores ou mesmo capturadas na natureza.

    A grande produção de alevinos (filhotes) e o crescimento rápido em relação a outras espécies (pode chegar a dois quilos em um ano), além da resistência a ambientes com pouco oxigênio, fazem com que os produtores não invistam em melhoramento.

    “Não investir porque a espécie já tem um bom desempenho é um raciocínio errôneo. Se o peixe chega a dois quilos em um ano, com melhoramento poderia chegar a esse peso em nove meses, por exemplo. O produtor que investir nisso vai começar a vender alevinos ou matrizes para os vizinhos e estará à frente no mercado. É um investimento de longo prazo, de risco, mas a história mostra que há retorno”, opina o pesquisador.

    O peixe vive em uma faixa de temperatura entre 25o C e 34o C, o que mantém a cultura praticamente restrita ao norte do Brasil. O desenvolvimento de variedades resistentes a temperaturas mais baixas, por exemplo, poderia viabilizar a cultura no resto do país.

    Em vez disso, a solução encontrada foi o desenvolvimento de híbridos com espécies que vivem mais ao sul do Equador, como o pacu (Piaractus mesopotamicus), cujo cruzamento resulta no tambacu, e a pirapitinga (Piaractus brachypomus), que originou a tambatinga.

    “Temos recursos genéticos suficientes para desenvolver variedades com diferentes perfis de tolerância a frio, a baixo oxigênio na água, a doenças, sem espinhas, com maior produção de filhotes e de carne, entre outros. Não necessitamos da produção de híbridos, que são um risco para a manutenção da integridade dos recursos genéticos selvagens devido aos escapes de pisciculturas. Os produtores necessitam ir além, com a busca de produtos geneticamente superiores para o estabelecimento de uma piscicultura economicamente e ecologicamente sustentável. É isso que o mercado no mundo todo exige atualmente”, encerra o pesquisador.

    O artigo The farming and husbandry of Colossoma macropomum: From Amazonian waters to sustainable production pode ser lido em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/raq.12638.

  • Mostra Amazônia

    Mostra Amazônia

    AMAZÔNIA

    Sebastião Salgado dedicou seis anos de trabalho à Amazônia. Ele passou longas temporadas navegando no Rio Amazonas e seus afluentes e sobrevoou a floresta tropical com suas fronteiras montanhosas mais áridas. A mostra no SESC Pompeia oferece mais de 200 fotografias e conta com curadoria de Lélia Wanick Salgado.

    “As imagens aéreas, com os impressionantes rios voadores e chuvas torrenciais, se encaminham para as fotografias das imensas copas de árvores, adentrando a selva amazônica. Chegamos, então, a uma construção indígena onde ganham rosto os povos que habitam a região, com retratos de 12 comunidades.”

    Sebastião Salgado
    Mais sobre a exposição

    Amazônia: Sebastião Salgado vê estrago de Bolsonaro e espera reestruturação da Funai

    Revista Cenarium

    Amazônia: Sebastião Salgado vê estrago de Bolsonaro e espera reestruturação da Funai – Revista Cenarium(abrir em uma nova aba)

    Entrevista
    Entrevista concedida ao UOL
    Livro

    Um exemplar da obra Amazônia já se encontra para consulta na Sala dos Grandes Formatos da Biblioteca Guita e José Mindlin

    TASCHEN – Pendant six ans, Sebastião Salgado a sillonné l’Amazonie brésilienne et photographié la beauté sans égal de cette région…
  • Povos do Amazonas garantem renda ao preservar o pirarucu

    Leia a matéria completa no site da Folha de São Paulo

    Fabiano Maisonnave e Eduardo Anizelli do MÉDIO JURUÁ (AM)  reportam os acampados à beira do rio Xeruã, afluente do Juruá. Os denis se dividem e se multiplicam em diversas atividades antes de partir em busca do mítico pirarucu. A pesca do maior peixe de escamas de água doce do mundo só é feita uma vez por ano; com manejo adequado, a população animal cresceu 425%.

  • A Teoria das Restrições aplicada a cadeia produtiva da piscicultura

    A falta de uma cadeia produtiva estruturada na piscicultura resulta em baixos rendimentos e limitada retenção de valor na Amazônia brasileira. Este estudo oferece diretrizes para o elaboração de políticas de desenvolvimento, entre as quais, a promoção de novos produtos e a sua certificação.

    O artigo “Understanding the Constraints on Success in Brazilian Amazon Production Chains” aplica a Teoria das Restrições (Theory of Constraints de E. Goldrat,1984 ).

    O texto de Gleriani Ferreira, Jacques Marcovitch e Mauricio Queiroz oferece uma metodologia replicável em outras cadeias de valor da biodiversidade.

  • Bioeconomia da sociobiodiversidade no estado do Pará

    Bioeconomia da sociobiodiversidade no estado do Pará

    Realizado pela The Nature Conservancy (TNC), o estudo traz análises socioeconômicas sobre os impactos das cadeias produtivas da sociobiodiversidade no estado do Pará. Coordenada pelo professor Dr. Francisco de Assis Costa, do Núcleo de Altos Estudos da Amazônia (NAEA/UFPA), a pesquisa analisou 30 produtos da sociobiodiversidade paraense desde a produção até a comercialização. Em 2019, o PIB gerado por essas cadeias foi de R$ 5,4 bilhões com uma estimativa da geração de cerca de 224 mil empregos.

    O estudo traz seis recomendações para o desenvolvimento da sociobioeconomia no Pará :  

    1. Políticas de C& T e Inovação, crédito e assistência técnica
    2. Criação de um sistema de base de dados das cadeias de valor
    3. Política fundiária e territorial das áreas de uso comum
    4. Desenvolvimento dos Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA)
    5. Sistema de rastreabilidade e certificação dos serviços ambientais
    6. Política fiscal de redistribuição de renda gerada pelos produtos

    Sumário Executivo do estudo

    https://www.tnc.org.br/content/dam/tnc/nature/en/documents/brasil/sumario_executivo_bioeconomia.pdf

    Estudo Completo

    https://www.tnc.org.br/content/dam/tnc/nature/en/documents/brasil/projeto_amazonia_bioeconomia.pdf

  • Indicadores de sustentabilidade do manejo da castanha-da-amazônia

    Indicadores de sustentabilidade do manejo da castanha-da-amazônia

    O manejo da castanheira-da-amazônia é uma atividade tradicional, chave para a economia de milhares de famílias extrativistas da Amazônia e para a conservação das florestas. Fernanda Lopes da Fonseca & Al empreendem neste artigo, um estudo de caso que integra as percepções de extrativistas, pesquisadores, gestores e técnicos. Para este estudo, foi adotada uma ferramenta de apoio à definição participativa de indicadores para a avaliação da sustentabilidade do  manejo  de  castanhais  nativos  e  da  viabilidade  do  extrativismo  da  castanha ao longo do tempo. 

    Versão integral do artigo em PDF acessível no site da revista

  • Tom Lovejoy (1941-2021)

    Tom Lovejoy (1941-2021)

    Assista: Thomas Lovejoy. A Celebration of Life.

    “Uma das coisas que aprofundo com meus alunos é entender as origens da ciência e da conservação, para que eles compreendem de onde vieram e evitem a armadilha de repetir um erro ou provar algo já comprovado.”

    “Ao escrever um artigo acadêmico, lembre que um leitor externo a academia pode lê-lo e eventualmente chegar a uma conclusão equivocada. Certifique-se de declarar claramente quais são as implicações políticas que apoiem sempre uma conservação responsável.”

    “Minha geração está deixando para vocês uma Amazônia muito diferente daquela que encontramos: muito disso é bom, mas obviamente houve uma destruição considerável e condenável. O trabalho de assegurar uma Amazônia sustentável, repleta de ecossistemas incríveis e a maior concentração de biodiversidade terrestre do mundo, mal está concluído e precisa de você”

    Leia e entrevista completa de Tom Lovejoy, publicada no número especial Bioma Amazônia (2019) da Revista de Estudos Brasileiros da Universidade de Salamanca

  • BNDES fará leilão de créditos de carbono em 2022

    Paulo Silva Pinto. 24.dez.2021
    Reprodução do Poder360

    O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) quer incentivar o mercado de carbono no Brasil, disse ao Poder360 o diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental, Bruno Aranha, 42 anos.

    Ele participou da COP26, em Glasgow, na Escócia. Assista abaixo à íntegra da entrevista:

    Aranha afirma que haverá uma compra piloto por meio de carta-convite no fim do 1º semestre de 2022, de cerca de R$ 20 milhões, e um leilão de R$ 50 milhões até o fim do ano

    Leia mais no texto original