A importância da cadeia de produção de cacau para o país está associada à sua capacidade de edificar economias regionais a partir da geração de empregos e absorção de mão de obra no meio rural e urbano nas indústrias.
IDESAM – O estudo examina as cadeias produtivas da castanha-do-brasil e do cacau na Amazônia – em suas diversidades de elos, atores, desafios e temas estruturantes.
A metodologia e análise abordam as oportunidades e os caminhos que estão florescendo de forma inovadora como soluções e melhores práticas nos elos produtivos.
Práticas e caminhos para a expansão e fortalecimento dessas cadeias na Amazônia.
Neste vídeo, o pesquisador Lucas Xavier apresenta um relato de experiência imersiva, no âmbito do Projeto Bioeconomia, em duas regiões do Amazonas, Rio Madeira e Rio Juruá.
Nesses locais as comunidades ribeirinhas são agroextrativistas de cacau. A pesquisa de campo, realizada entre os dias 03 e 14 de outubro de 2022, teve como propósito a coleta de dados na forma de entrevistas. O relato mostra a existência de abordagens diferenciadas de inserção na cadeia do cacau, com desafios singulares intra e extra cadeia de valor.
A visita contou com o apoio das: Fundação Amazônia Sustentável (FAS), Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amazonas (SEMA), Associação dos Produtores Agroextrativistas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Madeira (APRAMAD), SOS Amazônia, Comunidade do Novo Horizonte e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
O cacau nativo da Amazônia, menos famoso que o cacau baiano, está cada vez mais se popularizando. Em 2020, o estado do Pará, agora o maior produtor do país, comercializou em torno de 140 mil toneladas do produto. Na floresta de várzea, os ribeirinhos aprendem a valorizar essa cultura para gerar renda e proteger a floresta ao mesmo tempo.
Confira o texto completo em matéria de 24 de janeiro de 2021 no portal UOL, de sarah Cozzolino, correspondente da RFI no Brasil
Estudo “Agronegócio do Cacau: Produção, Transformação e Oportunidades” realizado pela Fiesp, com apoio de Aipc – Associacao Nacional Das Industrias Processadoras De Cacau e ABICAB – Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas, lançado em 28 de agosto, mostra os resultados de desempenho de todos os elos da cadeia produtiva, através de gráficos e análises baseadas em dados recentes. O estudo, que pode ser acessado na íntegra também apresenta os desafios atuais enfrentados pelos produtores e indústrias, e as diversas oportunidades existentes no mercado interno.
O Departamento do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo realizou este trabalho minucioso de compilação, sistematização, organização e cruzamento de diferentes dados estatísticos dispersos, de fontes públicas e privadas, internas e estrangeiras, com o intuito de contribuir com essa proeminente cadeia produtiva do agronegócio, com relevante base industrial instalada no Brasil e com potencial de crescimento.
Foram consultadas bases de dados e pesquisas analíticas de fontes oficiais e públicas, com destaque para o Censo Agropecuário, Produção Agrícola Municipal (PAM), o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) e a Pesquisa Industrial Anual (PIA), todas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para o comércio internacional, sob a ótica brasileira, usamos os números da Comex Stat.
O consumo interno brasileiro foi observado a partir da equação da produção somada a importação, subtraída a exportação. No caso da distribuição do consumo por categoria de produtos adotamos as informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF, do IBGE, que foram sistematizadas e fornecidas pela área de Inteligência de mercado do Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec-Fiesp), que nos permitiu analisar as informações mais recentes sobre o perfil do consumo de chocolates no varejo pelos brasileiros, em valor do dispêndio.
Também adotamos dados do setor privado, como os da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) e da Associação Brasileira das Indústrias de Chocolate, Amendoim e Balas (ABICAB).
Base de dados e pesquisas internacionais também foram utilizadas, com destaque para a base da International Cocoa Organization (ICCO), do Banco Mundial, FAOSTAT e Trade Map. Outras fontes de dados foram utilizadas para a execução deste estudo setorial, todas devidamente citadas.
Além disso, foram consultados especialistas dos setores privado e público que atuam nos diferentes segmentos da cadeia produtiva, com o objetivo de refinar o entendimento das estatísticas oficiais e da dinâmica desse importante segmento industrial. Nesta etapa houve contato e reuniões com representantes de indústrias e entidades de classe do setor produtivo, dentre outros. Também foram realizadas consultas a trabalhos publicados, tanto brasileiros como estrangeiros.
Este estudo tem por objetivo analisar a complexidade e relevância desse setor, que se estende da produção agrícola, ao processamento industrial dos produtos e aos serviços envolvidos na cadeia até chegar na mesa do consumidor. Esse fator é de extrema importância: cada elo da cadeia produtiva é vital para o sucesso do setor como um todo. Quanto mais integrados e engajados estiverem, maiores as chances de melhora na produtividade da cadeia e o seu crescimento. Por outro lado, a inobservância dessas variáveis em cada segmento pode causar prejuízos econômicos e sociais com impacto em todo o processo produtivo.
Pretende-se também trazer luz às informações que são imprescindíveis para pautar o planejamento e a implementação de estratégias públicas e privadas dirigidas ao setor, com a perspectiva de agregação de valor e de fortalecimento da cadeia produtiva.
Portanto, de promoção do desenvolvimento econômico. Nesse contexto serão apresentados os principais resultados referentes à cadeia produtiva brasileira. A fim de identificar mudanças estruturais, priorizou-se a avaliação no horizonte temporal de dez anos ou mais.
A primeira parte do trabalho cobre as propriedades agrícolas produtoras de cacau, com indicação de área plantada, produtividade e o desempenho da produção, com a análise de diversas variáveis no tempo. Nesta etapa, identificou-se nas estatísticas oficiais importante diferença entre os volumes produzidos e os consumidos no Brasil.
Na fase seguinte, avaliou-se a dinâmica dos mercados de processamento do cacau e o da fabricação dos produtos de chocolate. Este estudo procura ainda contribuir com a contínua busca de aprimoramento desses elos produtivos, que apresentam grande oportunidade de crescimento no mercado brasileiro, com geração de emprego, renda e desenvolvimento socioeconômico.
Projeto de beneficiamento e comercialização de cacau silvestre por indígenas da Terra Yanomami compõe representa instrumento para a criação de alternativas ao garimpo, que afeta gravemente a vida dos Yanomami e Ye’kwana da região a partir do desenvolvendo atividades que interessam especialmente aos mais jovens.
O cacau agroflorestal de Tomé-Açu no Pará representa o único produto do Estado com selo de Indicação Geográfica (IG) desenvolvido com o propósito de diferenciar o produto através da valorização da cultura, biodiversidade e economia da região. Para mais informações consulte a página institucional da IG cacau Tomé-Açu
Ao descrever os agentes econômicos e os ambientes institucionais do sistema do cacau (SAGCACAU) no Brasil, oferece uma visão da coordenação desse sistema a fim construir uma estrutura capaz de subsidiar a análise desse sistema sob o enfoque deste novo paradigma competitivo com base nos ODS de promoção da agricultura sustentável (ODS 2) e geração de empregos e renda decentes (ODS 8).
Com esses propósitos, este capítulo ambiciona dialogar e contribuir para as ações de diferentes partes interessadas na efetivação das condições de desenvolvimento sustentável a partir da competitividade de sistemas agroindustriais baseados na sociobiodiversidade, incluindo tomadores de decisão nos governos e empresas, organizações não governamentais e comunidades locais e tradicionais.
Sobre os autores: Lucas Xavier Trindade (PPGA/FEA/USP), Jacques Marcovitch (PPGA/FEA/USP) e João Pedro de Castro Nunes Pereira (DCET/PRONIT/UESC).
Este texto integra a coletânea dedicada aos estudos de cadeias produtivas agroindustriais. A coletânea é organizada por Gabriel da Silva Medina (UNB) e José Elenilson Cruz (IFB/Gama) com o título de “Estudos em Agronegócio: participação brasileira nas cadeias produtivas”, Editora Kelps, 2021. Download.
O Cocoa Action Brasil representa uma iniciativa pré-competitiva multistakeholder de caráter público privada criada em 2018. A World Cocoa Foundation (WCF) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) lideram a iniciativa que conta com a participação de diversas outras organizações com capacidades e recursos complementares com o propósito de aprimorar a competitividade e a sustentabilidade da cadeia de valor do cacau brasileira. Foi lançada no mês de maio um conjunto de diretrizes que visam a melhoria das condições de vida e de trabalho na cadeia produtiva do cacau. As diretrizes partem dos resultados dos estudos desenvolvidos pela OIT, o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Cocoa Action.
Como resultados desta iniciativa, pretende-se: 1) aumentar a base de conhecimento e conscientização sobre os direitos dos trabalhadores na cadeia produtiva do cacau; 2) fortalecer o por público local para promover o trabalho decente e manter as crianças na escola; 3) aumentar a produtividade e a renda dos produtores de cacau; 4) implementar o monitoramento das condições de trabalho na cadeia produtiva do cacau.
Para mais detalhes, consulte:
Vídeo do lançamento das diretrizes 2030
Diretrizes completas. Disponível em (Cadeia Produtiva do Cacau – Documento Sintese Lancamento Diretrizes)
Desde fins dos anos 1980, o Brasil depende de importação de amêndoas de cacau para suprir a demanda da sua indústria. Esse déficit deve-se à expressiva perda de capacidade produtiva ocasionada pela vassoura de bruxa que prejudicou a produção do sul da Bahia.
Essa análise publicada no site mercadodocacau.com.br avalia o impacto da projeção da safra de 2021, explica os mecanismos de financiamento da produção em regime de drawback, subsidiando a produção para exportação e sugere que há demanda para investimento da produção do fruto em sistemas agroflorestais.
O cacau agroflorestal de Tomé-Açu no Pará representa o único produto do Estado com selo de Indicação Geográfica (IG) desenvolvido com o propósito de diferenciar o produto através da valorização da cultura, biodiversidade e economia da região. Para mais informações consulte a página institucional da IG cacau Tomé-Açu
Fundada em 1949, a Cooperativa mista de Tomé-Açu no Pará, é pioneira na organização de sistemas de plantio de agro-florestal, e tem uma história de sucesso em exportação de produtos agrícolas.