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  • A Complementaridade Entre os Saberes

    Agência Fapesp, 15/01/2024

    “A Complementaridade Entre os Saberes” nos leva a refletir sobre a importância de quebrar os silos acadêmicos e promover a colaboração entre diferentes áreas do conhecimento. Ao fazer isso, não apenas enriquecemos nosso entendimento, mas também abrimos portas para um futuro mais inovador e sustentável.

    Essa entrevista oferece uma visão inspiradora sobre como a interdisciplinaridade pode ser a chave para desvendar novos horizontes de descoberta e inovação. A FAPESP, ao destacar essa abordagem, reforça seu compromisso com o avanço do conhecimento e o impacto positivo na sociedade.

    Manuela Carneiro da Cunha é uma renomada antropóloga e linguista brasileira, conhecida por suas significativas contribuições nos campos da antropologia e dos estudos linguísticos, particularmente focando em questões relacionadas aos povos indígenas no Brasil. Nascida em São Paulo, em 1942, ela se destaca como uma acadêmica engajada e defensora incansável dos direitos dos povos indígenas, tornando-se uma referência respeitada tanto nacional quanto internacionalmente.

    Ao longo de sua carreira, Manuela Carneiro da Cunha desempenhou um papel crucial na promoção do diálogo interdisciplinar entre a antropologia e a linguística, abordando temas como a diversidade cultural, as relações sociedade-natureza e a preservação das línguas indígenas. Seu trabalho não apenas influenciou o entendimento acadêmico dessas questões, mas também contribuiu para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a proteção e valorização da rica diversidade cultural e linguística presente nos povos indígenas brasileiros. A trajetória de Manuela Carneiro da Cunha reflete não apenas sua excelência acadêmica, mas também seu compromisso ético e social em prol da construção de uma sociedade mais inclusiva e respeitosa com as diferentes culturas que compõem o Brasil.

  • Mercados para Bioconomia baseada em espécies nativas brasileiras

    Em artigo publicado no Journal Ecological Economics Ribeiro, et al., discutem o potencial dos mercados da bioeconomia baseados no uso de espécies nativas no Brasil. Segundo os autores, os mercados da biodiversidade são bastante promissores, mas são acompanhados de controvérsias.

    O artigo mapeia a utilização de espécies nativas em onze setores industriais: alimentos, bebidas, têxteis, vestuário, couro, madeira, papel e celulose, biocombustíveis, produtos farmoquímicos, borracha e móveis. Os resultados apontam para a imensa distância entre o potencial de exportações (US$ 50 bilhões) e sua consolidação (apenas 1% desse valor). Outro desafio se encontra na distância entre as regiões de origem dos produtos da biodiversidade e os locais onde são obtidas as maiores receitas de sua comercialização.

    Como recomendações, os autores sugerem que a responsabilidade pela utilização sustentável da biodiversidade recaia predominantemente sobre os setores dominados por grandes corporações, principalmente os setores farmoquímico e de biocombustíveis. Segundo eles, tais setores teriam o potencial de liderar a transição para práticas de biodiversidade responsáveis e sustentáveis no Brasil.

    Referência: Ribeiro, S. C., Soares Filho, B., Cesalpino, T., Araújo, A., Teixeira, M., Cardoso, J., … & Rajão, R. (2024). Bioeconomic markets based on the use of native species (NS) in BrazilEcological Economics218, 108124.

  • A bioeconomia no Amazonia 2030

    As zonas florestadas correspondem aos municípios com cobertura vegetal original majoritariamente florestal. Já os municípios da zona florestal sob pressão possuem grande cobertura florestal, porém estão sob processo acelerado de desmatamento recente.

    A zona desmatada corresponde aos municípios que já perderam mais de 70% da sua floresta. Finalmente, a Zona Urbana foi definida com os critérios usados pelo IBGE.

    Para cada macrozona o estudo propõe relevantes prioridades, mas carece de indicadores relativos à implementação das ações propostas. Uma importante contribuição para pesquisadores dedicados ao estudo da bioeconomia na Amazônia.


  • Riscos e insegurança para uma bioeconomia sustentável

    “A Amazônia tem sofrido cada vez mais com a ameaça do crime e da violência que avança de forma descontrolada. Se o desmatamento desenfreado e a exploração ilegal de minérios são variáveis presentes há décadas na região, que também convive diariamente com a violência decorrente dos conflitos fundiários, a disseminação de facções criminosas que atuam especialmente no narcotráfico é um fenômeno que se consolidou há cerca de uma década, gerando crescimento dos homicídios e ameaçando ainda mais o modo de vida dos povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas”

    Fonte: Segunda edição do relatório Cartografias da Violência na Amazônia do Fórum de Segurança Pública (FSP)  

  • Diálogos amazônicos

    Lançado em 14 de novembro de 2023, a publicação consolida uma série de iniciativas, estudos e projetos que ajudam a entender os desafios da região amazônica.

    Mais informações no site da Fapesp

  • Criadouros peruanos inspiram modelos de manejo do Pirarucu na Amazônia

    O desempenho produtivo foi avaliado tendo por base fatores que incluem;  sobrevivência dos alevinos, taxa de conversão alimentar, peso médio final, comprimento médio final, taxa de crescimento específico, ganho em peso e produtividade. Foram também incluídos no modelo o investimento incremental, custos, indicadores e a viabilidade da produção.

    Trata-se de um modelo produtivo que almeja aumentar a renda dos pequenos produtores por meio da diversificação de sua produção.

    Uma análise realizada por pesquisadores brasileiros e peruanos que contribui para o estudo da cadeia de valor do pirarucu na Amazônia. 

  • Nova tecnologia para detecção da contaminação por mercúrio

    A atividade minerária desregulada é uma fonte de contaminação por mercúrio, utilizado nas etapas finais de lavagem de sedimentos na lavra do ouro. Esse uso indiscriminado do metal impõe ao bioma amazônico, um desequilíbrio em cadeias inteiras de seres vivos e sua detecção é historicamente complicada e cara.

    Novas tecnologias de detecção de mercúrio por meio de marcadores bioquímicos desenvolvidos na UNESP podem ampliar o entendimento sobre a disseminação do mercúrio ao longo de cadeias biológicas e contribuir para os debates sobre regulação do uso e disponibilidade do elemento.

    Leia a matéria completa no Jornal da UNESP

  • Novas regras da UE para produtos livres de desmatamento

    A nova legislação da União Europeia marca sua posição ambiental ao proibir para o bloco europeu a importação e comércio dos derivados de commodities cuja origem seja de áreas desmatadas.  O documento European Union Deforestation-Free Regulation (EUDR) foi publicado em maio de 2023.

    O Regulamento para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR) pode se tornar uma oportunidade para o agronegócio brasileiro se posicionar internacionalmente na agenda da sustentabilidade.  Além de consolidar sua posição com um dos principais parceiros econômicos, abre perspectivas para novos mercados,

    Para isso, o texto de autoria da propõe implementar de forma sistêmica o cadastro ambiental rural (CAR), ampliar os instrumentos de monitoramento das áreas de produção e preservaçãopara honrar seu compromisso assumido no Acordo de Paris   com o desmatamento ilegal zero até 2030.

  • Avaliação da Cúpula da Amazônia

    A Cúpula da Amazônia reuniu pela quarta vez chefes de Estado e representantes dos países da OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica).  A declaração firmada em 08 de agosto de 2023 registra a agenda conjunta de ações firmada pelos países da OTCA.  

    Para avaliar os resultados e impactos da Cúpula da Amazônia, o Projeto Bioeconomia reuniu em 16 de agosto de 2023 os pesquisadores Adalberto Luís Val (INPA), José Augusto Lacerda Fernandes (UFPa) e João Meirelles Filho (Instituto Peabiru de Belém) para compartilhar sua análise e comentários sobre os seguintes temas:

    • 1.Contexto da Cúpula da Amazônia 2023
    • 2.Principais resultados da Cúpula da Amazônia 2023
    • 3. Impactos da Cúpula da Amazônia 2023
    • 4. Monitoramento dos impactos: metricas e indicadores
    • 5. Como preparar a COP 30?  Como construir o futuro ?

    A Declaração da Cúpula da Amazônia inclui, entre outros princípios e compromissos, a institucionalização de novas inciativas como a Aliança Amazônica de Combate ao Desmatamento, o Observatório de Mulheres Rurais para a Amazônia; o Observatório da Situação de Defensores de Direitos Humanos, do Meio Ambiente e de Povos Indígenas; e a Rede de Inovação e Difusão Tecnológica da Amazonia.

    O tema Economia para o desenvolvimento sustentável consta dos itens 71 a 84 da Declaração da Cúpula da Amazônia

  • Visões sobre bioeconomia na Amazônia

    Diante da ampla diversidade territorial da Amazônia, a Embrapa identifica atores que estão participando da construção da bioeconomia na região.

    O texto oferece visões e abordagens distintas para a bioeconomia na Amazônia. A partir dessas visões, são analisados os riscos e oportunidades da bioeconomia para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.