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  • 3º Boletim do Observatório de Bioeconomia (OBio)

    O terceiro boletim produzido no âmbito do Observatório de Bioeconomia (OBio) foca-se no tema da Bioeconomia Amazônica. O relatório, elaborado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), desenvolve tanto um mapeamento das iniciativas existentes, como um panorama da produção científica sobre a bioeconomia Amazônica.

    A partir da revisão científica, o documento define e analisa 12 clusters temáticos. Alguns deles, tratam de desafios para a região como o desmatamento, a contaminação do ecossistema por mercúrio e a disseminação da malária. Outros, levantam potenciais, tais como dos produtos Amazônicos, biodiversidade, diversidade genética e plantas medicinais. Entre as matérias-primas trabalhadas, o relatório destaca as seis mais mencionadas, sendo: açaí, castanha do Pará, cacau, piper, guaraná e buriti.

    Finalmente, o boletim aponta três pontos em torno dos quais giram as discussões sobre os potenciais da bioeconomia: (i) equilíbrio com a natureza; (ii) compreensão do valor real da bioeconomia; e (iii) importância dos aspectos sociais, incluindo a valorização dos conhecimentos tradicionais.

  • Governança Ambiental: Bioeconomia na Amazônia

    Programa da Disciplina EAD 5978

    A governança ambiental é o meio pelo qual a sociedade determina prioridades e se mobiliza  para atingir metas relacionadas à gestão responsável dos recursos naturais. A disciplina EAD 5978/2024 tem por objetivos: 

    • induzir uma análise crítica da governança ambiental em todos os níveis de decisão e  ação;  
    • construir conhecimento, metodologias e habilidades relacionadas à concepção,  operação e avaliação da governança ambiental;  
    • identificar temas de estudos e pesquisa para aprimorar a governança ambiental no  Brasil.  

    Esta disciplina, dedicada ao estudo da governança ambiental, tem por foco a Amazônia. Por  isso, é estudada a evolução do conhecimento existente sobre a bioeconomia inclusiva e suas  perspectivas. Abordagem que inclui as ferramentas de análise de cadeias de valor na  bioeconomia com foco na geração de emprego e renda, de bem-estar das comunidades  produtoras e de conservação da natureza  

    Programa da disciplina

    Dia 1

    • Apresentação da disciplina e dos participantes. Jacques Marcovitch, Maria Sylvia M. Saes, Vanessa Pinsky
    • Bioeconomia: conceitos básicos e sua aplicação. Maria Silvia M. Saes, FEA/USP
    • Meio Ambiente e Mudança do Clima: Prioridades, ações e métricas.  João Paulo Capobianco, Secretário Executivo do MMA
    • Desafios da sustentabilidade e do desenvolvimento na Amazônia. Emmanuel Zagury Tourinho, Reitor da UFPa 
    • Tendências Mundiais e desafios ambientais – Da Rio 92 ao Acordo de  Paris 2015 para os ODS 2030.  Jacques Marcovitch, FEA e IRI/USP

    Dia 2

    • Programa AMAZ: resultados, impactos e desafios.  Mariano Cenamo, Diretor de Novos Negócios – Idesam 
    • Redes de inovação sustentável com múltiplos stakeholders: o  caso “Origens Brasil”. Kavita Miadaira Hamza, EAD/FEA/USP.
    • Pagamento de Serviços Ambientais (PSA) na Amazônia.  Bruno Peregrina Puga, Sociedade Brasileira de Economia Ecológica. 
    • Governança Ambiental na Amazônia: desafios e propostas. Eduardo Taveira, Secretário do Meio Ambiente do Estado do Amazonas. 
    • Fundo Amazônia: desafios, resultados, impactos e perspectivas. Nabil Moura Kadri, Superintendente de Gestão Pública e Socioambiental/ BNDES. 
    • Preparação do Trabalho em grupo

    Dia 3

    • As cadeias de valor da bioeconomia na Amazônia I: pirarucu.  Maria Silvia M. Saes, FEA/USP. 
    • As cadeias de valor da bioeconomia na Amazonia II: cacau.  Lucas Xavier Trindade, Universidade Estadual de Santa Cruz, Bahia. 
    • As cadeias de valor da bioeconomia na Amazônia III: açaí.  Thiara Fernandes e Silva e Manoel Potiguar, Instituto Peabiru, Belém. 
    • As cadeias de valor da bioeconomia na Amazonia IV: meliponicultora.  Vera Lucia Imperatriz Fonseca, IB/USP. 
    • Desenvolvimento local baseado em produtos florestais não  madeireiros: o caso de São Francisco do Iratapuru. Tomas Rosenfeld, Universidade de Freiburg, Alemanha. 

    Dia 4

    • Governança Ambiental: teorias e prática. Vanessa Pinsky, FEA/USP. 
    • Apresentação dos trabalhos em grupo. 
    • Temas para o artigo de autoria individual ou estudo de caso.  Elaboração de um artigo padrão Qualis A, ou um estudo de caso, para publicação.
    • Encerramento da disciplina e avaliação. 

    Professores responsáveis

    Informações pelo e-mail: mudarfuturo@usp.br

  • Rumos para a economia da floresta

    Rumos para a economia da floresta


    Por Graziella Maria Comini

    O artigo tem por objetivo apresentar um retrato de empreendimentos socioambientais na região amazônica mediante a sistematização de uma base de dados.

    Site da revista GV Executivo

    Os estudos sobre empreendimentos socioambientais concentram-se na Região Sudeste. Faltam pesquisas sobre especificidades regionais particularmente na região amazônica, que apresenta grande potencial para a geração de valor sustentável.

    O estudo fez o mapeamento e a análise descritiva de 578 empreendimentos socioambientais atuantes na região amazônica.

    O artigo apresenta os primeiros resultados de um mapeamento realizado na região amazônica contribuindo para identificar ações necessárias para a consolidação de negócios socioambientais na Região Norte. Observaram-se concentração de empreendimentos nos estados do Pará e do Amazonas, poucos negócios na fase de tração e escala e prevalência de negócios socioambientais com lógica social, com mecanismos institucionais de participação coletiva.

    O estudo chama a atenção para a importância de empreendimentos capazes de enfrentar o cenário de desmatamento e pobreza na região amazônica, com manejo sustentável dos recursos naturais e inclusão de comunidades tradicionais e valorização da cultura local. Também traz recomendações para diversos atores se unirem a fim de fortalecer esses empreendimentos.

    Palavras-chave: Amazônia, economia da floresta, negócios socioambientais, negócios da floresta.Resumo

  • 38% da Amazônia sofre degradação motivada por ação humana

    Luciana Constantino | Agência FAPESP – Além do aumento das taxas de desmatamento registrado na Amazônia desde 2018, a maior e mais biodiversa floresta tropical do mundo enfrenta outros processos de degradação provocados por humanos que ameaçam seu futuro.

    Estudo publicado na edição de sexta-feira (27/01) da Science mostra que aproximadamente 38% da atual área da Amazônia sofre com algum tipo de degradação causada por quatro fatores. São eles: fogo, extração seletiva de madeira (em sua maioria ilegal), efeitos de borda (que são mudanças em regiões de floresta ao lado de zonas desmatadas) e secas extremas, cada vez mais frequentes em decorrência das mudanças climáticas.

    Juntamente com outra revisão analítica, o artigo The drivers and impacts of Amazon forest degradation compõe o tema de destaque da capa desta edição da revista científica com o título Amazônia perdida – Degradação e destruição florestal (em tradução livre).

    Segundo a pesquisa, as emissões de carbono resultantes dessa perda gradual de vegetação – entre 50 milhões de toneladas e 200 milhões de toneladas ao ano (0,05 a 0,2 petagrama de carbono, PgC) – são equivalentes ou até mesmo maiores do que as registradas por desmatamento – entre 60 milhões de toneladas e 210 milhões de toneladas/ano (0,06 a 0,21 PgC/ano).

    Os cientistas definem como degradação as mudanças transitórias ou de longo prazo nas condições da floresta causadas por humanos, gerando perda gradual da vegetação. Essas áreas não têm as mesmas estruturas, resiliência e funções de uma floresta intacta. Já o desmatamento envolve alteração na cobertura do solo, com a troca da vegetação nativa por pastagem, por exemplo.

    O trabalho também indica que a degradação florestal pode reduzir a evapotranspiração em até 34%, causando danos à biodiversidade e provocando impactos socioeconômicos para as comunidades locais, principalmente as tradicionais, como indígenas e ribeirinhos. A evapotranspiração é o processo que devolve água à atmosfera por meio da evaporação do líquido que está no solo mais a transpiração das plantas.

    Temos uma vasta literatura sobre o funcionamento, causas e impactos do desmatamento, mas não relacionada à degradação, por isso nosso foco foi entender esse processo. E uma das conclusões do estudo foi que a degradação é, ao menos parcialmente, um processo independente do desmatamento”, explica à Agência FAPESP o ecólogo David Montenegro Lapola, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

    Um dos líderes do estudo ao lado de Patrícia Pinho, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Lapola recebe apoio da FAPESP por meio de dois projetos (15/02537-7 e 20/08940-6). Ambos assinam o artigo com outros 33 cientistas de instituições nacionais e internacionais, entre elas o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e universidades americanas e europeias.

    Os pesquisadores trabalharam com uma revisão analítica de dados científicos baseados em imagens de satélite e de informações colhidas em campo, já publicados anteriormente sobre mudanças na região amazônica, entre 2001 e 2018. O trabalho foi desenvolvido por meio do projeto Analysis, Integration and Modelling of the Earth System (Aimes), ligado à iniciativa internacional Future Earth, que reúne cientistas e pesquisadores voltados ao estudo da sustentabilidade.

    De acordo com os resultados, 5,5% da Amazônia (que corresponde a 0,36 km2 x 106 km2) está sob alguma forma de degradação se analisados os dados existentes de extensão do fogo, efeitos de borda e extração de madeira entre 2001 e 2018. Adicionando os dados de secas extremas, a estimativa da área total degradada chega aos 38% (2,5 x 106 km2). Diferentes regiões da floresta podem ser atingidas por um ou mais fatores.

    Pelos dados do Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes), do Inpe, a Amazônia perdeu 11.568 km² em área desmatada entre 1º de agosto de 2021 e 31 de julho do ano passado. É o segundo maior valor desde 2008 e o equivalente ao território da Jamaica. No período anterior – agosto de 2020 a julho de 2021 –, o desmate já havia atingido 13.038 km². Pará, Amazonas, Mato Grosso e Rondônia concentraram quase 90% do total.

    Futuro

    O grupo de cientistas do qual Lapola faz parte trabalhou com projeções para 2050 e apontou que os quatro fatores de degradação, aliados às mudanças climáticas, continuarão entre as principais causas de emissão de carbono, independentemente do crescimento ou cessão do desmatamento da floresta.

    Por isso, sugerem que os esforços para conter o desmatamento devem ser aliados a políticas de combate à degradação. Propõem, por exemplo, a criação de um sistema de monitoramento integrado, com a ajuda de diferentes tipos de tecnologias e de sensores para coletar dados, além de prevenção e combate ao corte ilegal de madeira e do controle do uso do fogo.

    Outro ponto destacado pelo grupo é o refinamento da estrutura de projetos de REDD+ – incentivo desenvolvido no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) para recompensar financeiramente países em desenvolvimento por seus resultados de redução de emissões de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento e da degradação florestal.

    “Coibir o uso do fogo, a exploração ilegal de madeira e mesmo o efeito de borda que é diretamente relacionado ao desmatamento são processos que o Brasil e os outros países amazônicos podem e devem tratar. É nossa responsabilidade. Entretanto, ao falar da degradação causada por secas extremas ligadas às mudanças climáticas globais, isso é uma responsabilidade para o mundo todo, em que todos os países têm de atuar para reduzir suas emissões. Do contrário, a floresta sofrerá degradação do mesmo jeito”, completa Lapola.

    O artigo é assinado ainda pelos pesquisadores Liana Anderson, do Cemaden, Luiz Eduardo Oliveira e Cruz de Aragão, chefe da Divisão de Observação da Terra e Geoinformática (DIOTG), do Inpe, e Philip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), que recebem apoio da FAPESP (projetos 20/08916-8, 16/02018-2, 20/16457-3 e 20/15230-5).

    Destaque

    Liderada por James Albert, do Departamento de Biologia da University of Louisiana at Lafayette, a outra revisão analítica em destaque na capa da Science tem a participação de brasileiros, como o pesquisador Carlos Nobre e a botânica Lúcia Garcez Lohmann, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP).

    O grupo revisou os impulsionadores da mudança na Amazônia e mostrou que as alterações provocadas pelos humanos estão ocorrendo muito mais rapidamente do que as transformações ambientais naturais do passado. Lohmann também recebe apoio da FAPESP (12/50260-6 e 18/23899-2).

    O artigo The drivers and impacts of Amazon forest degradation pode ser lido em: www.science.org/doi/10.1126/science.abp8622.
     

  • Bioeconomia Inclusiva na Amazônia: como orquestrar a economia da floresta em pé

    Bioeconomia Inclusiva na Amazônia: como orquestrar a economia da floresta em pé

    Por José Augusto Lacerda Fernandes, Graziella Maria Comini e Juliana Rodrigues

    A exploração e a expropriação de recursos naturais, trabalho e saberes dos povos da floresta tornaram a Amazônia um palco de contradições sociais, econômicas e políticas. A chave de sua proteção está em modelos de desenvolvimento que valorizem sua sociobiodiversidade e tenham como protagonistas as populações tradicionais. Somente uma orquestração robusta, envolvendo diferentes atores, poderá implementar uma economia da floresta em pé e escrever um novo capítulo na história da região.

    Site da Stanford Social Innovation Review Brasil

  • A bioeconomia da Amazônia: Além do uso de produtos florestais

    Em artigo publicado na revista International Society for Ecological Economics (ISEE), Bergamo, D., Zerbini, O., Pinho, P., & Moutinho, P. discutem a complexidade envolvendo o debate sobre a bioeconomia amazônica.

    Para que as atuais e futuras iniciativas possam contribuir para a construção de um futuro verdadeiramente sustentável, faz-se necessário que se comprometam
    com uma série de princípios orientadores.

    Ao longo do artigo, quatro aspectos são apontados:

    (i) desmatamento zero,
    (ii) diversificação dos métodos de produção,
    (iii) fortalecimento de práticas milenares amazônidas, e
    (iv) repartição justa dos benefícios.

  • Onde estamos e para onde vamos na implementação do código florestal

    Onde estamos e para onde vamos na implementação do código florestal

    Num ano de instabilidades e fragilidades no Sistema Nacional do Cadastro Ambiental Rural (SICAR), em que não houve a devida atualização dos dados abertos ao público, a nova publicação do Climate Policy Initiative/Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (CPI/PUC-Rio) apresenta uma radiografia inédita sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Programa de Regularização Ambiental (PRA), a partir de dados coletados diretamente junto aos estados brasileiros.

    A análise revela que o país tem um grande desafio pela frente. Foi iniciada a análise de apenas 12% dos cadastros do país e somente 2% foram concluídas. Entretanto, estratégias adotadas pelos estados que mais avançaram mostram que existem caminhos para acelerar a implementação da lei.

    A publicação do CPI/PUC-Rio evidencia que o novo governo tem a oportunidade de mudar o cenário atual por meio da adoção de sete ações prioritárias. Essas medidas incluem a formulação de um plano nacional pactuado com os governos estaduais, o fortalecimento do SICAR e a adoção de estratégias para acelerar a análise de CARs, promover o cancelamento de cadastros irregulares e impulsionar a adesão ao PRA. Por fim, é essencial o alinhamento do Código Florestal com políticas de combate ao desmatamento e de apoio ao agronegócio.

  • Comunidades extrativistas de cacau no Amazonas

    Neste vídeo, o pesquisador Lucas Xavier apresenta um relato de experiência imersiva, no âmbito do Projeto Bioeconomia, em duas regiões do Amazonas, Rio Madeira e Rio Juruá. 

    Nesses locais as comunidades ribeirinhas são agroextrativistas de cacau. A pesquisa de campo, realizada entre os dias 03 e 14 de outubro de 2022, teve como propósito a coleta de dados na forma de entrevistas. O relato mostra a existência de abordagens diferenciadas de inserção na cadeia do cacau, com desafios singulares intra e extra cadeia de valor.

    A visita contou com o apoio das: Fundação Amazônia Sustentável (FAS), Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amazonas (SEMA), Associação dos Produtores Agroextrativistas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Madeira (APRAMAD), SOS Amazônia, Comunidade do Novo Horizonte e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). 

  • Porque proteger as florestas e os polinizadores na Amazônia?

    Abelhas e besouros são dois dos principais grupos de polinizadores para o açaí, a castanha-do-Brasil e babaçu. No artigo « Status and trends of pollination services in Amazon agroforestry systems » publicado na revista  Agriculture, Ecosystems and Environment os pesquisadores do Instituto Vale, da Universidade Federal de Goiás e da Universidade Federal do Pará mostram a importante contribuição dos polinizadores para a produção agrícola na floresta amazônica.

    No entanto, uma perda crescente da floresta amazônica tem sido observada, e isso pode prejudicar os polinizadores e ter consequências prejudiciais na produção de alimentos em um futuro próximo.

    Políticas públicas são urgentemente necessárias para estimular a produção agrícola em harmonia com as áreas naturais, combinando a proteção das florestas e dos polinizadores com a produção de alimentos

  • Capital e biodiversidade

    O tema da biodiversidade é abordado neste documento recente publicado pelo Goldman Sachs.

    Segundo o relatório, atualmente apenas 10% do investimento anual necessário para reverter a perda da natureza é realizado, sendo o financiamento predominantemente público.

    O documento procura explorar oportunidades para o
    investimento privado em modelos de negócios associados à biodiversidade.