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Mercados para Bioconomia baseada em espécies nativas brasileiras

Em artigo publicado no Journal Ecological Economics Ribeiro, et al., discutem o potencial dos mercados da bioeconomia baseados no uso de espécies nativas no Brasil. Segundo os autores, os mercados da biodiversidade são bastante promissores, mas são acompanhados de controvérsias.

O artigo mapeia a utilização de espécies nativas em onze setores industriais: alimentos, bebidas, têxteis, vestuário, couro, madeira, papel e celulose, biocombustíveis, produtos farmoquímicos, borracha e móveis. Os resultados apontam para a imensa distância entre o potencial de exportações (US$ 50 bilhões) e sua consolidação (apenas 1% desse valor). Outro desafio se encontra na distância entre as regiões de origem dos produtos da biodiversidade e os locais onde são obtidas as maiores receitas de sua comercialização.

Como recomendações, os autores sugerem que a responsabilidade pela utilização sustentável da biodiversidade recaia predominantemente sobre os setores dominados por grandes corporações, principalmente os setores farmoquímico e de biocombustíveis. Segundo eles, tais setores teriam o potencial de liderar a transição para práticas de biodiversidade responsáveis e sustentáveis no Brasil.

Referência: Ribeiro, S. C., Soares Filho, B., Cesalpino, T., Araújo, A., Teixeira, M., Cardoso, J., … & Rajão, R. (2024). Bioeconomic markets based on the use of native species (NS) in BrazilEcological Economics218, 108124.