Índice
Cadeia de valor, Cadeia de valor baseada na biodiversidade, Cadeia tecno-produtiva baseada na biodiversidade
Segurança alimentar, Sistemas agroflorestais, Sistemas agroindustriais (SAGs)
Biodiversidade
Variabilidade de organismos vivos em todas as suas formas, compreendendo, diversidade de espécies, de variação genéticas entre espécies e de ecossistemas. A importância da biodiversidade para a sociedade humana é difícil de mensurar. Estima-se que 40% da economia global é baseada em produtos e processos biológicos. Pessoas pobres, em especial aquelas que vivem em áreas de baixa produtividade agrícola, são fortemente dependentes da diversidade genética do meio ambiente (CBD, 2008).
Ref.: MAPA – Fortalece SocioBio, IPE – Projeto Baixo Rio Negro
Bioeconomia
A bioeconomia se baseia na utilização de conhecimento e recursos de base biológica, da engenharia e da manufatura. É uma economia que por definição propõe o desenvolvimento baseado numa industrialização que depende da saúde das florestas e dos rios. A pobreza na região é uma ameaça real à floresta e com forte potencial de inviabilizar uma solução em escala que traga valor à floresta ‘em pé’. A multiplicação de empregos, que é intrínseca à atividade de Engenharia, beneficia e gera o desenvolvimento das populações locais e combate à pobreza. No contexto ecológico da Amazônia, o conceito de bioeconomia deve considerar o uso sustentável dos recursos biológicos com a floresta em pé, visando a preservação dos ecossistemas terrestres e aquáticos, incluindo a valorização dos conhecimentos tradicionais. Ao mesmo tempo, a implementação de uma bioeconomia voltada para as características únicas da Amazônia também fazê-la ser circular desde o início, isto é, uma inovadora bioeconomia circular baseada na rica biodiversidade da floresta Amazônica (Nobre & Dias, 2019).
Ref.: Publicações Embrapa, CNI/Portal da Indústria
Cadeia de valor
É um sistema econômico que se organiza em torno de um produto ou serviço, conectando diferentes atividades (fornecimento de insumos, produção, transformação e marketing) necessárias para conceber e distribuir um produto ou serviço ao consumidor final. A coordenação dessas atividades envolve diversos atores (operadores) que desempenham essas funções, como produtores, processadores, comerciantes e distribuidores de um determinado produto. Esses atores estão conectados por uma série de negócios e transações em que o produto é repassado dos produtores primários aos consumidores finais. De acordo com a sequência de funções e operadores, as cadeias de valor consistem em uma série de elos da cadeia ou estágios (GIZ, 2007).
Cadeia de valor baseada na biodiversidade
(biodiversity-based value chain): ?
Cadeia tecno-produtiva baseada na biodiversidade
É uma cadeia produtiva associada a cadeias de conhecimento, a partir do âmago da floresta. Deve-se aprender e melhorar as técnicas das populações locais, agregar valor aos produtos de extrativismo, desenvolver a certificação dos produtos e interagir com centros de biotecnologia avançada. Cadeias organizadas na moderna concepção de arranjos institucionais coletivos, que reúnem pesquisadores e empresas, com o objetivo de gerar riqueza e inclusão social sem destruir a natureza (Becker, 2005).
Referencia: Estratégias de negócio baseados em agricultura regenerativa
Geração de trabalho e renda
Segundo o IBGE (2016), considera-se trabalho em atividade econômica o exercício de:
- Ocupação remunerada em dinheiro, produtos, mercadorias ou benefícios (moradia, alimentação, roupas etc.) na produção de bens e serviços, OU no serviço doméstico;
- Ocupação sem remuneração na produção de bens e serviços, desenvolvida durante pelo menos uma hora na semana nas seguintes situações:
- Em ajuda a membro da unidade domiciliar que tivesse trabalho como: empregado na produção de bens primários (que compreende as atividades da agricultura, silvicultura, pecuária, extração vegetal ou mineral, caça, pesca e piscicultura), conta própria ou empregador;
- Em ajuda à instituição religiosa, beneficente ou de cooperativismo; ou
- Como aprendiz ou estagiário.
- Ocupação desenvolvida, durante pelo menos uma hora na semana nas seguintes situações:
- Na produção de bens, do ramo que compreende as atividades da agricultura, silvicultura, pecuária, extração vegetal, pesca e piscicultura, destinados à própria alimentação de pelo menos um membro da unidade domiciliar; ou
- Na construção de edificações, estradas privativas, poços e outras benfeitorias (exceto as obras destinadas unicamente à reforma) para o próprio uso de pelo menos um membro da unidade domiciliar.
Portanto, no conceito de trabalho caracterizam-se as condições de trabalho remunerado , trabalho não remunerado, e trabalho na produção para o próprio consumo ou na construção para o próprio uso.
Quanto à posição na ocupação, o IBGE (2016) definiu oito categorias:
- Empregado – Pessoa que trabalha para um empregador (pessoa física ou jurídica), geralmente, obrigando-se ao cumprimento de uma jornada de trabalho e recebendo em contrapartida uma remuneração em dinheiro, mercadorias, produtos ou benefícios (moradia, comida, roupas etc.). Nesta categoria, incluiu-se a pessoa que prestava o serviço militar obrigatório e, também, o sacerdote, ministro de igreja, pastor, rabino, frade, freira e outros clérigos;
- Trabalhador doméstico – Pessoa que trabalhava prestando serviço doméstico remunerado em dinheiro ou benefícios, em uma ou mais unidades domiciliares;
- Conta própria – Pessoa que trabalhava explorando o seu próprio empreendimento, sozinha ou com sócio, sem ter empregado e contando, ou não, com a ajuda de trabalhador não remunerado;
- Empregador – Pessoa que trabalhava explorando o seu próprio empreendimento, com pelo menos um empregado;
- Trabalhador não remunerado membro da unidade domiciliar – Pessoa que trabalhava sem remuneração, durante pelo menos uma hora na semana, em ajuda a membro da unidade domiciliar que era: empregado na produção de bens primários (que compreende as atividades da agricultura, silvicultura, pecuária, extração vegetal ou mineral, caça, pesca e piscicultura), conta própria ou empregador;
- Outro trabalhador não remunerado – Pessoa que trabalhava sem remuneração, durante pelo menos uma hora na semana, como aprendiz ou estagiário ou em ajuda à instituição religiosa, beneficente ou de cooperativismo;
- Trabalhador na produção para o próprio consumo – Pessoa que trabalhava, durante pelo menos uma hora na semana, na produção de bens do ramo que compreende as atividades da agricultura, silvicultura, pecuária, extração vegetal, pesca e piscicultura, para a própria alimentação de pelo menos um membro da unidade domiciliar;
- Trabalhador na construção para o próprio uso – Pessoa que trabalhava, durante pelo menos uma hora na semana, na construção de edificações, estradas privativas, poços e outras benfeitorias (exceto as obras destinadas unicamente à reforma) para o próprio uso de pelo menos um membro da unidade domiciliar.
Para efeito de divulgação, em todas as tabelas que apresentam a classificação por posição na ocupação, as categorias trabalhador não remunerado membro da unidade domiciliar e outro trabalhador não remunerado foram reunidas em uma única, que recebeu a denominação de não remunerado.
Com relação à renda, o IBGE (2016) considera os seguintes indicadores:
- Rendimento mensal de trabalho;
- Rendimento mensal de outras fontes;
- Rendimento mensal (soma a + b);
- Rendimento mensal familiar;
- Rendimento mensal familiar per capita;
- Rendimento mensal domiciliar;
- Rendimento mensal domiciliar per capita;
- Índice de Gini.
Segurança alimentar
A segurança alimentar existe quando todas as pessoas, em todos os momentos, têm acesso físico e econômico a alimentos suficientes, seguros e nutritivos que atendam às suas necessidades dietéticas e preferências alimentares para uma pessoa ativa e uma vida saudável (FAO, 1996).
Sistemas agroflorestais
São formas de uso ou manejo da terra, nos quais se combinam espécies arbóreas (frutíferas e/ou madeireiras) com cultivos agrícolas e/ou criação de animais, de forma simultânea ou em seqüência temporal e que promovem benefícios econômicos e ecológicos (EMBRAPA, 2021).
Sistemas agroindustriais (SAGs)
Conjunto de contratos formais ou informais cujo objetivo é garantir o processo de transmissão de informações, incentivos e controles ao longo da cadeia produtiva, de forma a responder a mudanças no ambiente competitivo ou viabilizar estratégias empresariais. A abordagem dos SAGs serve de suporte e facilita a análise dos arranjos institucionais que são as estruturas contratuais de produção de produtos de base agrícola. O SAG possui quatro elementos fundamentais: os setores produtivos, o ambiente institucional, o ambiente organizacional e as transações que conectam os agentes produtivos (Pensa, 2021, Abril 19; Zylbersztajn & Giordano, 2015).
Trabalho decente
O trabalho decente resume as aspirações das pessoas em suas vidas profissionais. O conceito engloba oportunidades de trabalho produtivo com remuneração justa, segurança no local de trabalho e proteção social para as famílias, melhores perspectivas de desenvolvimento pessoal e integração social, liberdade para as pessoas expressarem suas preocupações, se organizarem e participarem das decisões que afetam sua vidas, além de igualdade de oportunidades e de tratamento para todas as mulheres e homens (OIT,1999).
Referências Bibliográficas
- Becker, B. K. (2005). Amazônia: desenvolvimento e soberania.IN: Brasil – o estado de uma nação. Disponível em https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/livros/livro_brasil_desenv_en_2006.pdf
- CBD. Convention on Biological Diversity. (2008). Biodiversity Glossary. Disponível em https://www.cbd.int/cepa/toolkit/2008/doc/CBD-Toolkit-Glossaries.pdf. Acesso em 19/04/21.
- EMBRAPA. (2021, 19 de Abril). Sistema Agroflorestal. Disponível em https://www.embrapa.br/agrossilvipastoril/sitio-tecnologico/trilha-tecnologica/tecnologias/sistema-de-producao/sistema-agroflorestal
- FAO. Food and Agriculture Organization of the United Nations. (1996). World Food Summit, Rome Declaration on World Food Security. Disponível em http://www.fao.org/3/w3548e/w3548e00.htm
- GIZ. Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit. (2007). ValueLinks Manual – The Methodology of Value Chain Promotion – First Edition. Disponível em http://www.fao.org/sustainable-food-value-chains/library/details/en/c/265293/
- IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2016). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Síntese de indicadores 2015. Disponível em https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv98887.pdf
- Nobre, C.; & Dias, G. P. (2019). Amazônia e bioeconomia sustentada em ciência, tecnologia e inovação. São Paulo. Instituto de Engenharia. Disponível em https://www.institutodeengenharia.org.br/site/amazonia-e-bioeconomia/
- OIT. Organização Internacional do Trabalho. (1999). Trabalho Decente. Disponível em https://www.ilo.org/brasilia/temas/trabalho-decente/lang–pt/index.htm. Acesso em 19/04/21
- Zylbersztajn, D., & Ribeiro Giordano, S. (2015). Coordenação e governança de sistemas agroindustriais. In Gestão de sistemas de agronegócios. São Paulo.