O açaí tem grande relevância na alimentação dos amazonenses, que consomem o equivalente a 10 litros da fruta/ano/pessoa, segundo o IDAM (2019), que também destaca que o fruto é o segundo produto mais importante da agricultura amazonense, depois da mandioca. Além da região Norte, que é a principal consumidora da superfruta, os estados do sul e sudeste do Brasil também são fortes consumidores. O processamento do açaí é realizado por estabelecimentos industriais, na sua maioria, de pequeno porte. O açaí produzido no Amazonas tem desafios para expandir sua produção, principalmente nas questões relacionadas ao acesso à água e a energia elétrica em diversas comunidades produtoras. Outro desafio é a logística de escoamento do produto, uma vez que as comunidades extrativistas são dependentes do transporte fluvial para trafegar o produto final que é altamente perecível (FAS, 2019a). A forma mais comum de comercialização do açaí de origem extrativista é em latas de 18 litros, com peso aproximado de 14 kg. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Serra, 2019, 29 de abril), a produção amazonense é exportada para quase todos os estados brasileiros e para países da Europa como França e Suíça. O alto consumo no estado do Amazonas tem impulsionado empresários a investir no setor para atender a demanda local e também abastecer supermercados e restaurantes de outros estados. Apesar do volume exportado de açaí ainda ser incipiente se comparado com as commodities agrícolas, observa-se que tanto o mercado nacional, quanto o internacional são promissores para o produto, que segue trajetória crescente nos últimos anos (Oliveira, Neto, Mochiutti, Mattietto, & Carvalho, 2017). Dados do IBGE (2018) indicam que a comercialização do açaí movimentou R$ 5,5 bilhões em 2017, sendo R$ 1,5 bilhão somente no Amazonas. Além do mercado alimentício, as propriedades antioxidantes do açaí elevam seu potencial nos mercados de cosméticos e farmacêuticos. Segundo Pires, Grisoto e Grisoto (2017), até 2040 as matérias primas naturais estarão em mais de 90% das formulações da indústria cosmética. O crescimento do mercado de açaí é promissor e o Estado do Amazonas desperta-se com potencial para apoiar o crescimento deste mercado, além de expandir a profissionalização dos produtores e dos microempresários, além da manutenção de emprego e renda dos agricultores familiares do Estado. Adicionalmente, o açaí faz parte da alimentação do amazônida e, assim, a sua expansão é fator relevante na segurança alimentar de populações tradicionais e indígenas da região Norte. A mudança no sistema produtivo depende do desenvolvimento de tecnologias para lidar com a questão da sazonalidade e da entressafra. O desenvolvimento de tecnologias para a irrigação se destaca como necessária para o crescimento da produção do açaí no Amazonas.
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- Padrões de sustentabilidade nas cadeias de valorO Instituto Terroá e parceiros, no âmbito do Projeto Mercados Verdes e Consumo Sustentável, cooperação entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ), publicaram dois estudos sobre Padrões de Sustentabilidade, um sobre a cadeia de valor do açaí e outro sobre a cadeia de valor da castanha-do-brasil. Acesse os… Leia mais: Padrões de sustentabilidade nas cadeias de valor
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- Trabalho seguro e açaíO Instituto Peabiru produziu uma série de documentários em vídeos curtos, com entrevistas e visitas a projetos relacionados com as cadeias de valor da floresta, sob a perspectiva da agricultura familiar. Saiba mais no site do Instituto Peabiru.
- Cooperativa Mista de Tomé-AçuO cacau agroflorestal de Tomé-Açu no Pará representa o único produto do Estado com selo de Indicação Geográfica (IG) desenvolvido com o propósito de diferenciar o produto através da valorização da cultura, biodiversidade e economia da região. Para mais informações consulte a página institucional da IG cacau Tomé-Açu Fundada em 1949, a Cooperativa mista de Tomé-Açu no Pará,… Leia mais: Cooperativa Mista de Tomé-Açu