Mês: janeiro 2025

  • Bioeconomia na Amazônia a caminho da COP 30

    Programa

    As transformações no mundo e o lugar do Brasil.  

    Rubens Barbosa, Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior

    Amazônia: desafios e perspectivas.

    Carlos Lazary, Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (2019-2024)

    Dinâmica agrária e desenvolvimento sustentável na Amazônia

    Danilo Araújo Fernandes, Universidade Federal do Pará

    Docentes responsáveis: Jacques Marcovitch e Maria Sylvia M. Saes.

    LocalAuditório FUNCADI, Biblioteca da FEA/USP
    Av. Prof. Luciano Gualberto, 908, Butantã, São Paulo, 05508-010

    OrganizaçãoProjeto Bioeconomia/FAFESP/CNPq  

    Docentes responsáveis: Jacques Marcovitch e Maria Sylvia M. Saes | Grupo de Pesquisa 

    Outras informações pelo e-mail do projeto Bioeconomia mudarfuturo@usp.br

  • Análise da produção científica sobre Pirarucu

    O pirarucu (Arapaima gigas) é um peixe nativo da bacia amazônica. Ele desempenha um papel essencial na segurança alimentar e na manutenção da biodiversidade. Na década de 1970, pesquisadores classificaram a espécie como ameaçada de extinção devido aos efeitos deletérios da pesca excessiva. O avanço dos projetos de criação de peixes para produção e manejo em larga escala em áreas protegidas tem sido uma força motriz significativa por trás da pesquisa científica.

    Este estudo pioneiro analisa a literatura global, artigos científicos por meio da plataforma Scopus, e o interesse nacional por meio de projetos de pesquisa registrados na plataforma Lattes. Os autores empregam técnicas de coleta e organização de dados, incluindo ciência de redes e análise de modelagem de tópicos. A pesquisa brasileira é proeminente,
    com cientistas liderando projetos nacionais e se classificando entre os mais produtivos na Scopus. Além disso, as instituições brasileiras financiam a maioria das pesquisas na Scopus. As principais áreas de estudo se concentraram na compreensão dos aspectos biológicos e tecnológicos, especialmente aqueles relacionados à reprodução. Os circuitos de pesquisa nacionais referem-se principalmente à pesquisa aplicada. Os resultados apresentados aqui ilustram a importância da realização de pesquisas em países
    periféricos para atender às preocupações nacionais. Apesar do conhecimento limitado dessas descobertas além do contexto local, elas oferecem percepções substanciais para o desenvolvimento de estratégias locais.

    Saes, M. S. M., Souza, R. F., Feitosa, E. R. M., Val, A. L., & Marcovitch, J. (2025). When periphery matters: a
    computational analysis through network science and topic modeling of the scientific production on Pirarucu. Revista de
    Economia e Sociologia Rural, 63, e284419. https://doi.org/10.1590/1806-9479.2025.284419

  • Perspectivas de mercado para o tambaqui

    A aquicultura se consolidou como alternativa a redução dos estoques naturais de peixes e atualmente o total produzido supera a pesca extrativa. O trabalho analisou parâmetros
    biométricos, rendimentos, fator de condição, estimativas do custo de produção e valor de mercado de tambaquis (Colossoma macropomum) com peso até 500 g produzidos em
    unidade de cultivo com recirculação de água (Santarém) e unidade de cultivo em barragem (Mojuí dos Campos), objetivando oferecer indicadores para uma nova
    oportunidade de mercado. Os tambaquis foram beneficiados em laboratórios da Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA e os dados analisados com ferramentas da estatística descritiva e inferencial. O comprimento total de 149 exemplares variou de 15,30 a 30,00 cm e o peso total de 49,00 a 443,00 g. Equações peso-comprimento robustas indicaram crescimento diferenciado entre os locais de cultivo.

    Os rendimentos no processamento foram superiores para os tambaquis cultivados em barragem por serem mais magros e o fator de condição da unidade com recirculação, ambos estatisticamente diferentes. O custo de produção estimado variou de R$ 4,50/kg a R$ 8,90/kg e o valor de mercado de R$ 5,50/kg a R$ 10,00/kg, com ciclo produtivo que pode viabilizar ganhos de R$ 1.890,00 a R$ 3.970,00/ton. com perspectiva de 2 ou mais ciclos/ano. Apesar do melhor rendimento para os tambaquis cultivados na barragem, os cultivados na unidade com recirculação obtiveram um ganho de 2,46 vezes superior, o que indica que o sistema de cultivo e o manejo do plantel afetam positivamente o desempenho zootécnico e econômico.

    REVISTA CARIBEÑA DE CIÊNCIAS SOCIALES, Miami, v.13, n.12, p.01-23. 2024. ISSN 2254-7630

  • Segurança alimentar, sustentabilidade e inclusão dos povos tradicionais e seus saberes


    Fazer uma transição para uma bioeconomia sustentável pode nos ajudar a avançar em direção a um futuro de baixo carbono, onde somos menos dependentes de combustíveis e materiais derivados de recursos fósseis não renováveis ​​e desempenhará um papel crítico no cumprimento de compromissos internacionais para abordar urgentemente as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade. Também pode contribuir para atingir muitos dos outros objetivos e metas de desenvolvimento consagrados nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e outros acordos multilaterais sobre segurança alimentar e nutrição, redução da pobreza e desigualdade.

    A FAO tem muito a oferecer em discussões sobre bioeconomia. A produção agrícola e pecuária, a pesca e a aquicultura e a silvicultura geram a biomassa e os recursos biológicos que fornecem a base de uma bioeconomia sustentável. Os setores agrícolas também desempenharão um papel central em garantir que a biomassa possa circular de forma constante por toda a bioeconomia de maneiras que otimizem o uso de recursos biológicos. Os complexos e diversos sistemas agroalimentares que produzem, processam e distribuem alimentos, rações, fibras, combustível e outros produtos dos quais todos nós dependemos claramente precisarão estar no topo da agenda em quaisquer discussões sobre como avançar em direção a uma bioeconomia sustentável.

    A bioeconomia deve ser vista como um motor para transformar os sistemas agroalimentares para que se tornem mais eficientes e produtivos, equitativos e resilientes, e apoiem a saúde do ecossistema.

    FAO. 2024. Bioeconomy for sustainable food and agriculture: a global opportunity – Position paper. Rome. https://doi.org/10.4060/cd1976en

  • Pesquisadores apontam riscos às cadeias de valor da Amazônia

    Pesquisadores de universidades das regiões Sudeste, Norte e Nordeste identificaram gargalos que impactam as cadeias de valor na Amazônia – ciclo produtivo que vai da colheita até a comercialização e distribuição dos produtos da floresta. Um dos principais problemas encontrados é a contaminação das águas dos rios devido à mineração ilícita de ouro, o que afeta a produção do pirarucu e traz graves consequências para a saúde das comunidades e povos que consomem esse pescado.

    Neste novo Podcast Humanamente, Jacques Marcovitch, professor da Faculdade de Economia e Administração da USP, coordenador do estudo, fala sobre esses entraves que impactam a qualidade de vida da população que produz esses produtos.

    Ouça o Podcast

    Ficha técnica

    Apresentação e produção: Paulo Bellardi
    Sonorização: Gilberto Vianna
    Revisão de texto: Rodrigo de Oliveira Andrade
    Edição executiva: Washington Castilhos
    Coordenação: Luisa Massarani

    Publicado na Revista Humanamente da Fiocruz

  • Comunidades amazônicas colhem a menor parte dos lucros da bioeconomia

    Comunidades amazônicas colhem a menor parte dos lucros da bioeconomia

    Apesar de seu papel fundamental na geração de renda a partir da floresta em pé, essas comunidades continuam a colher a menor parte dos lucros, de acordo com um novo livro.

    Os povos tradicionais precisam de mais financiamento, melhor acesso à energia e melhores estradas para colocar seus produtos no mercado.

    Leia comentário publicado sobre o Livro Bioeconomia para quem? A matéria é em inglês no site Mongabay.